quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Salvador é a última capital do país em doação de medula

Milena Ribeiro

Sem nenhuma unidade de transplante de medula óssea desde março de 2007, a Bahia chega a ter mais de 60 pacientes esperando doação. O Hospital Português, até então o único credenciado pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), teve o convênio cancelado pelo governo estadual e até hoje nenhuma unidade hospitalar pode prestar o serviço, nem pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nem através de plano particular. Dados do Centro de Transplante de Medula Óssea (CEMO) comprovam a colocação de Salvador como última capital em questões estruturais para realizar esse tipo de procedimento. Qualquer baiano que necessite fazer um transplante de medula óssea terá que viajar para São Paulo, Rio de Janeiro ou Curitiba.

Em Salvador, só se pode contar com os tratamentos pré e pós-transplantes. Três locais disponibilizam esse tipo de acompanhamento na capital, o Hospital Português - apesar de estar com os transplantes suspensos -, o Hospital Universitário Professor Edgard Santos (HUPES) e a Casa de Apoio Lita Anastácio (CALA).

De acordo com o presidente da CALA, Salomão Sibalde, a Secretaria de Saúde resiste em instalar uma unidade devidamente equipada para transplantes de medula óssea e em divulgar campanhas pró-doação. “Em 2003, apresentamos um projeto para dar início às campanhas de cadastramentos de doadores. Seria preciso investir R$ 12 mil. A CALA tinha R$ 10 mil. Bastava a secretaria aprovar e investir os R$ 2 mil restantes, mas não foi firmada a parceria”, lamenta Sibalde.

Transplantado há 10 anos, Sibalde garante que não há dificuldade para cadastrar doadores, como em outros tipos de transplantes. Para ele, o que dificulta o transplante de medula óssea na capital baiana é a falta leitos. “Podemos comprovar isso a partir da campanha que estamos desenvolvendo em empresas e faculdades, em duas semanas de coleta, em apenas duas instituições, cadastramos 1.168 possíveis doadores”, disse Sibalde.

A equipe de reportagem do jornal Folha Salvador entrou em contato com a Secretaria de Saúde duas vezes e foi informada que deveria aguardar retorno. No entanto, até o fechamento da matéria não obtivemos resposta.

Entre em contato com a Casa de Apoio Lita Anastácio (
CALA) e solicite uma visita em sua escola, faculdade, empresa, etc. Contatos pelo telefone : 3243-3634. E-mail: cala@cala.org.br. Endereço: Rua Direita do Santo Antônio, 62, Santo Antônio Além Do Carmo,CEP: 40.301-280 - Centro Histórico - Salvador – Bahia – Brasil

* Publicado no jornal
Folha Salvador na edição de julho/2008.

4 comentários:

Erich Pontoldio disse...

É só fazendo um trabalho árduo de educação na população para que ações como esta aumente.

Unknown disse...

nossa, parabéns pelo post!

como disse o erich aí.. soh fzndo um trabalho de educação e conscientização na população!


www.cupuladosleprosos.blogspot.com

Anônimo disse...

queria mesmo saber a posição de recife
mas com trabalho árduo a população começa a repensar seus valores
bjos!

Anônimo disse...

É triste ver que não se querem doar os órgãos, eles não vão ser úteis para os mortos mas podem evitar que alguém morra.