Larissa Barreto
Após a polêmica provocada pela comercialização ilegal das cópias de Tropa de Elite, que não havia sequer sido lançado no circuito nacional de cinema, o filme tornou-se um verdadeiro “campeão de audiência”. Roupas, acessórios, brinquedos e adesivos, contendo a imagem da caveira empalada numa espada e duas pistolas que compõem o distintivo do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), caíram nas graças do grande público, além dos versos da canção: “Tropa de Elite, osso duro de roer, pega um, pega geral, também vai pegar você”.
A realidade destoa da ficção. Se no filme esses policiais aparecem como os incorruptíveis e honrosos, na realidade dos guetos, é muito diferente. Esses profissionais transcendem as barreiras do bem e do mal e são conhecidos nas comunidades de baixa renda como o bicho papão da favela. Chegam atirando a esmo, utilizam xingamentos e expressões que propagam o terror - vim roubar sua alma -, pondo em risco a segurança, o bem-estar e acima de tudo, a falta de respeito e humanidade com as pessoas, propagando a morte e a total destruição, daqueles que cruzam seu caminho.
Todas essas práticas são protegidas pelo caveirão. O blindado veículo de guerra é utilizado para as missões especiais da tropa de elite. O principal problema desencadeado por ele é que graças ao bom aparato tecnológico de guerrilha, seus tripulantes têm suas identidades resguardadas, permitindo a estes profissionais que não sejam julgados pelas práticas ilícitas já cometidas e que possam vir a cometer.
O bombardeio, seja ele de violência ou de informação, instiga o pensar sobre a repercussão que isso provoca na sociedade. Em um contexto em que a luta contra a violência; as passeatas e os discursos igualitários e afirmativos são uma constante, o Brasil aplaude o sucesso cinematográfico que expõe a triste realidade de nosso país.
A realidade destoa da ficção. Se no filme esses policiais aparecem como os incorruptíveis e honrosos, na realidade dos guetos, é muito diferente. Esses profissionais transcendem as barreiras do bem e do mal e são conhecidos nas comunidades de baixa renda como o bicho papão da favela. Chegam atirando a esmo, utilizam xingamentos e expressões que propagam o terror - vim roubar sua alma -, pondo em risco a segurança, o bem-estar e acima de tudo, a falta de respeito e humanidade com as pessoas, propagando a morte e a total destruição, daqueles que cruzam seu caminho.
Todas essas práticas são protegidas pelo caveirão. O blindado veículo de guerra é utilizado para as missões especiais da tropa de elite. O principal problema desencadeado por ele é que graças ao bom aparato tecnológico de guerrilha, seus tripulantes têm suas identidades resguardadas, permitindo a estes profissionais que não sejam julgados pelas práticas ilícitas já cometidas e que possam vir a cometer.
O bombardeio, seja ele de violência ou de informação, instiga o pensar sobre a repercussão que isso provoca na sociedade. Em um contexto em que a luta contra a violência; as passeatas e os discursos igualitários e afirmativos são uma constante, o Brasil aplaude o sucesso cinematográfico que expõe a triste realidade de nosso país.
Portanto, essa situação ficcional deve ser deixada de lado em virtude dos problemas éticos, culturais, sociais, raciais e econômicos que o País enfrenta o que me permite dizer que devemos sair do “mundinho” fechado e preso ao poder sedutor que as imagens nos proporcionam e lutar – nesse caso, sem armas – a favor de uma polícia que haja dentro da lei, mais preocupada com a segurança da população, e acima de tudo, respeitando o direito de ir e vir, sem que seja julgado pela sua aparência, local que viva ou pela cor da pele.